quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Alunos portadores de Necessidades Especiais : como ajudá-los na sala de aula? Continuação...

Olá amigos,
Esse material é muito legal para ajudar na inclusão de alunos com necessidades especiais, infelizmente não tenho a sua fonte, mas desde já agradeço a quem produziu um material tão útil. Espero que vocês possam utilizá-lo da melhor forma.

Alunos portadores de Deficiência Auditiva : como ajudá-los na sala de aula?

· Familiarize-se com os aparelhos auditivos que são usados por seu aluno, para poder certificar-se se estão funcionando apropriadamente na sala de aula. Para isso, é importante pedir orientação do médico que o tenha atendido.

  • Sente o aluno em um lugar onde ele possa ver o restante da classe com facilidade.
  • Garanta que, de onde ele estiver instalado, possa ver os lábios do professor e dos colegas.
  • Se ele tiver um residual auditivo, posicione-o o mais próximo possível de você.
  • Parece óbvio, mas, não adianta gritar.
  • Dê instruções curtas, claras, bem pronunciadas.
  • Solicite que ele repita a instrução, antes de iniciar qualquer atividade, para certificar-se que compreendeu bem.
  • Fale sempre de frente para ele.
  • Certifique-se que um colega esteja passando para ele as informações do que está acontecendo em sala de aula quando você estiver de costas ou ocupado em outra atividade.

  • Sempre que possível, escreva na lousa o que você está dizendo à classe.
  • Use representações gráficas, figuras ou desenhos quando introduzir conceitos novos.
  • Lembre à turma de ficar sempre de frente para o colega portador de deficiência auditiva ao falar com ele.

Múltiplas Linguagens

AS MÚLTIPLAS LINGUAGENS DAS CRIANÇAS E AS INTERAÇÕES COM A NATUREZA E A CULTURA: MÚSICA, DANÇA E GESTUALIDADE

Orientações para a prática pedagógica

A seguir, algumas considerações encontradas na Coleção Proinfantil para o trabalho com a dança, a música e o teatro na escola:

Trabalhando a dança, a música e o teatro na escola

  • Pesquise e elabore um acervo rico de danças, textos, imagens, músicas e ritmos. Façam entrevistas, conversem com as pessoas do bairro, resgatem as histórias das comunidades onde as crianças vivem.
  • Eleja temas que possam orientar projetos, festas e outras formas de organização do conhecimento.
  • Envolva as crianças na pesquisa e na identificação destes conhecimentos.
  • Faça perguntas, ouça as perguntas das crianças, formule novas questões, estimule a curiosidade, a criatividade e a inventividade das crianças.
  • Reconheça interesses, gostos e desejos das crianças.
  • Busque ampliar o universo de conhecimentos que geram desejos e necessidades corporais e de movimento nas crianças.
  • Partilhe com elas danças, músicas e ritmos variados. Dance junto, dramatize, produza sons com diferentes objetos e com o próprio corpo.
  • Estabeleça relações com a cultura e o contexto das crianças.
  • Ajude-as a compreenderem sua cultura e história.
  • Valorize a identidade cultural que trazem.
  • Decida junto com as crianças o que irão experimentar e aprender.
  • Possibilite-as inventarem movimentos, gestos, jeitos de dançar, encenar, representar e se movimentar.
  • Garanta o aprendizado de técnicas (maneiras de fazer) que possibilitem às crianças realizarem movimentos e gestos com maior facilidade.
  • Permita que as crianças inventem suas próprias técnicas e maneiras de dançar, expressar, produzir ritmos e sons.
  • Trabalhe com as crianças a expressão de suas singularidades. Mas não se esqueça da produção coletiva dos gestos, dos movimentos, das relações, das dramatizações e da escolha dos temas. Os significados e sua compreensão emergem das relações compartilhadas, reconhecidas e apropriadas.
  • Estabeleça sempre que possível relações com o trabalho de outros(as) professores(as) e conhecimentos escolares.
  • As possibilidades de trabalhar a dança, o teatro, a música e o movimento na escola são infinitas.

Fonte: Coleção PROINFANTIL; Unidade 4 - Módulo IV / Karina Rizek Lopes, Roseana Pereira Mendes, Vitória Líbia Barreto de Faria, organizadoras. – Brasília: MEC. Secretaria de Educação Básica. Secretaria de Educação a Distância, 2006. 74p.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Para Refletir...

A produção de conhecimentos é um ato de liberdade, de autonomia, que só ocorre quando somos capazes de abandonar pré-conceitos em busca do novo. Ao nos perguntarmos sobre o “porquê” de nossa prática, realizamos um primeiro ato de autonomia.

Léa Tiriba




Este trecho é do livro de Lea Tiriba (1992). Buscando caminhos para a pré-escola popular. Neste livro a autora narra o seu encontro com uma escola comunitária, em 1984, e fala da possibilidade de um trabalho com as crianças onde a produção do conhecimento era um ato de liberdade e não de opressão (p. 78)


Fonte: Coleção PROINFANTIL; Unidade 2 - Módulo IV / Karina Rizek Lopes, Roseana Pereira Mendes, Vitória Líbia Barreto de Faria, organizadoras. – Brasília: MEC. Secretaria de Educação Básica. Secretaria de Educação a Distância, 2006. 88p.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Livros Gratuitos

Excelente Iniciativa,

O Itaú está investindo no desenvolvimento do hábito da leitura nas crianças, distribuindo gratuitamente 8 milhões de livros que fazem parte da Coleção Itaú de Livros Infantis, são quatro livros para você ler e reler com as crianças: O jogo da Parlenda; Bem-te-vi e outras poesias; Os três Porquinhos e Lobisomem. Para receber seu kit basta preencher um cadastro no site e os livros serão entregues no prazo máximo de 20 dias para todo o Brasil. A distribuição dos livros será feita enquanto durar o estoque.

Vem conferir...

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Atenção!

Você já reparou como às vezes os adultos rotulam uma criança como agressiva, como se ela fosse diferente das demais crianças? É bom lembrar que a agressividade está presente em todos os seres humanos. Ela é necessária para enfrentarmos muitas situações na vida. É uma ilusão acreditarmos que podemos eliminar a agressividade. O que podemos fazer é aprender a usá-la adequadamente e evitar que o tônus forte das ações se torne uma forma de machucar o outro.

Assim, com as crianças que se expressam com mais agressividade, podemos agir de forma a orientar essas expressões, não só procurando impedi-las em certos momentos, mas oferecendo-lhes outras situações e formas de expressão em que as crianças possam extravasar essa energia.


Fonte: (Coleção PROINFANTIL; Unidade 2) Módulo II / Karina Rizek Lopes, Roseana Pereira Mendes, Vitória Líbia Barreto de Faria, organizadoras. – Brasília: MEC. Secretaria de Educação Básica. Secretaria de Educação a Distância, 2005. 70p.


Desenvolvimento Infantil - Piaget, Vygotsky e Wallon

Relembrando:

  • Nesta unidade, buscamos esclarecer alguns conceitos dos teóricos mais importantes da Psicologia acerca da construção do conhecimento e do desenvolvimento da criança: Piaget, Vygotsky, Wallon.
  • A respeito do trabalho de Piaget, não podemos esquecer que o conhecimento acontece através de uma adaptação da criança à realidade, através dos mecanismos de assimilação (incorporação do mundo à experiência do sujeito, ou seja, o movimento de busca do novo) e acomodação (transformação das formas de conhecer do sujeito em função do novo que foi assimilado, ou seja, movimento de mudança no sujeito). O desenvolvimento infantil acontece num processo de equilibração (busca constante de equilíbrio entre o meio e o sujeito).
Tudo isso ocorre nos quatro períodos assinalados: sensório-motor, pré-operacional, operações concretas e operações formais. A seguir, destacamos os dois períodos que dizem respeito às crianças até 6 anos (da Educação Infantil):

- período sensório-motor – até mais ou menos 3 anos: as formas de assimilação do meio são sensoriais (tato, gosto, audição, cheiro) e motoras, ou seja, pela ação corporal.

- período pré-operacional – dos 3 aos 6 anos: caracteriza-se pela ação mental da criança sobre o meio. Surge o faz de conta, a possibilidade de contar o que aconteceu no passado e planejar o futuro, a socialização das experiências pela linguagem. O pensamento é intuitivo, aproximativo e não lógico ainda.
  • O trabalho de Vygotsky destaca-se pela focalização das experiências socioculturais como constituidoras da criança. O autor aborda o processo de internalização como formas de comportamento interpessoais (entre as pessoas) que se tornam intrapessoais (de cada uma), abrindo espaço para a criação singular a partir dos referenciais coletivos. É na relação com o outro (através da mediação dele) que a criança internaliza as formas culturais de sua sociedade (linguagem, símbolos, gestos etc.).
  • Vygotsky não trabalha com níveis padronizados de desenvolvimento (como Piaget faz com os períodos que assinalamos acima), mas afirma que todo o desenvolvimento, em qualquer área, percorre um processo que envolve o nível de desenvolvimento real (o que o sujeito realiza sozinho, sem ajuda), o nível de desenvolvimento potencial (o que o sujeito é capaz de realizar com auxílio de alguém mais experiente) e a zona de desenvolvimento proximal (distância entre nível real e proximal – o que hoje o sujeito realiza com ajuda e logo realizará sozinho –). Para este autor, a aprendizagem, ocorrência do campo social, impulsiona o desenvolvimento.
  • Wallon afirma que o ser humano é organicamente social. Para ele, todas as fases da vida humana são marcadas pelo entrelaçamento entre a afetividade, a cognição e a motricidade. Afeto, movimento e inteligência estão sempre em jogo na vida humana, em três períodos fundamentais:
-período impulsivo emocional – quando o bebê se diferencia do mundo que o cerca através do “diálogo tônico”, comunicação que se dá pelos gestos, toques, contato corporal. Predomina a afetividade.

-período projetivo – quando ocorre a interiorização do ato motor, ou seja, a intensidade dos movimentos do bebê transforma-se em atividade mental.

-período personalista – percepção de si na relação com o outro (caracteriza-se por intensa negação).

Fonte: (Coleção PROINFANTIL; Unidade 2) Módulo II / Karina Rizek Lopes, Roseana Pereira Mendes, Vitória Líbia Barreto de Faria, organizadoras. – Brasília: MEC. Secretaria de Educação Básica. Secretaria de Educação a Distância, 2005. 70p.

Desenvolvimento Infantil - Wallon

Wallon nasceu em 1879 na França, Europa. Foi psicólogo e médico, trabalhando com pessoas sobreviventes da Primeira e Segunda Guerra Mundial. Em suas pesquisas, buscava compreender a base orgânica e cerebral das funções psíquicas que investigava. Interessava a ele saber onde se localizava na mente material, no cérebro, funções tais como a memória, a afetividade, o comportamento social.

Conceitos importantes no trabalho de Wallon:

  • O ser humano é organicamente social.
  • Período impulsivo emocional – quando o bebê se diferencia do mundo que o cerca através do “diálogo tônico” (comunicação que se dá pelos gestos, toques, contato corporal). Predomina a afetividade.
  • Período projetivo – quando ocorre a interiorização do ato motor, ou seja, a intensidade dos movimentos do bebê transforma-se em atividade mental.
  • Período personalista – percepção de si na relação com o outro (caracteriza-se por intensa negação).


Fonte: (Coleção PROINFANTIL; Unidade 2) Módulo II / Karina Rizek Lopes, Roseana Pereira Mendes, Vitória Líbia Barreto de Faria, organizadoras. – Brasília: MEC. Secretaria de Educação Básica. Secretaria de Educação a Distância, 2005. 70p.